A dificuldade de fabricá-los (e que dificuldade!) é recompensada quando essas pequenas jóias são degustadas, é divertido ver a expressão de quem prova pela primeira vez, é um misto de surpresa e aprovação …
Diz-se que os macarons vieram da Itália durante a Renascença, Catarina de Médici, ao casar-se com Henrique, Duque de Orleans, apresenta essa guloseima à Corte Francesa. Contudo, os franceses, afirmam que a receita já era confeccionada anteriormente nos monastérios de Cormery, França, desde o ano de 791. Independente da origem, os macarons eram apenas “biscoitos” de amêndoas sem recheio.
No séc. XVII os macarons foram comumente confeccionados pelas Carmelitas, que seguiram os princípios de Theresa D’Ávila: “Amêndoas são boas para as jovens que não comem carne.”
Durante a Revolução Francesa, duas freiras especializaram-se no preparo e comercialização dos macarons, tornaram-se famosas e passaram a ser chamadas de Souers Macaron (Irmãs Macaron).
Já no séc. XX, Pierre Desfontaines, fundador da famosa Pâtisserie Ladurée introduz um recheio cremoso aos macarons, e um acabamento liso na superfície sem perder a suavidade que é a forma atual.
Somente Patissiers especializados e muito habilidosos são capazes de imitar os famosos macarons da Ladurré, alguns dizem que os macarons são “temperamentais”, mas na verdade exigem mãos de artesão, paciência de monge e disciplina militar pois são realmente muito difíceis de serem feitos com perfeição
Para começo de conversa as temperaturas tem de ser monitoradas em uma faixa muito estreita, senão racham ou não formam o famoso pé, ou ficam ressecados e quebradiços ou ainda moles por dentro.
Mas não é só a temperatura do forno, a temperatura dos ovos pode arruinar a massa, a batida da mistura tem de ser manual, isso mesmo é feito a mão senão a massa pode soltar óleo e … lá vai uma fornada pro beleléu !
A farinha utilizada é de Amêndoas, e deve ser importada de um determinado lugarzinho do mundo para que os macarrons fiquem ótimos. Não deve-se usar farinha de castanha como alguns utilizam, pois isso influencia no sabor e você perceberá a diferença quando provar dos dois. Impossível fazer a farinha em casa pois o processo tem que ser sem maceração para que a farinha fique seca e fina e permita o acabamento liso da superfície.
Daí o ambiente tem que ser controlado, pois essas pequenas jóias não gostam de calor nem de umidade.
Existem ainda equipamentos específicos que uma cozinha tem que ter para a produção dos macarons, que exige um investimento considerável, se bem que esses equipamentos modernos podem ser aproveitados para outras receitas de outros tipos de doces.
Finalmente o processo de fabricação exige vários períodos de descanso, desde o preparo da massa, até a saída do forno. Em média se leva mais de 5 horas para fazer somente as casquinhas, sem contar que não podem ser estocados, quer dizer, quem come um macaron pode ter a certeza que é super fresquinho pois outro tipo não existe .
Depois o recheio é a parte mais importante, pois o recheio é o que dá o sabor ao macaron. E este recheio tem também suas peculiaridades e os ingredientes são feitos com produtos em sua maioria importados e demanda tempo também.
Apesar do ritual que sua fabricação exige os macarons tem substituído doces tradicionais como os
bem-casados em festas de casamento ou eventos solenes, um pouco pela sua exclusividade, pelo requinte desse francês notável como também pela experiência gastronômica, que é como o primeiro beijo a gente nunca esquece.
A melhor parte é que enquanto na Ladurré na frança um macaron custa até € 3,00 aqui no Brasil podemos encontrá-los por R$ 3,00.
<center>via
http://comprometidas.com.br/tag/historia-dos-macarons </center>
Temos ainda a versão com recheio que pode ser de doce de leite, goiabada e um ganache saborizado com a essência que desejar.
Depois eu mando a receita do ganache.
E agora, é só fazer a festa e correr pra galera!
:)